Eu assumo que preciso de você para cessar a guerra interior que criei quando estava negando o quanto te desejo.
Eu assumo e ponto, eu assumo e basta.
Você não tem nada haver com isso, sou responsável pelo amor que criei, que corre por todo meu corpo, que arrepia até minha alma.
Eu assumo e com isso te tiro de mim.
Eu assumo e grito que te quero acima de todas as coisas, e te expulso de mim.
Eu assumo e te recuso quando se oferece para vir, pra me dar migalhas de amor - quando estou faminta.
Eu assumo e te renego, você é meu amor bastardo.
Fruto da minha imaginação fértil: você faz parte dos amores que germinei no ventre da minha imaginação, e abortei por não me pertencer verdadeiramente.
Eu assumo, e isso acaba aqui.
Andréia Freire